domingo, 20 de junho de 2010

VIDA

COPA EM JACAREPAGUÁ

Em pleno dia de jogo do Brasil, resolvemos fazer um retiro espiritual em Jacarepaguá, longe de multidões e de vuvuzelas. Mas perto de ex-bodes, cavalos que colocam a cabeça para fora da moita e de cães que latem na lua sangrenta. Lian e Luís chegaram na noite anterior, mas Marina, que não trouxera as coisas da lente e que queria dar voltinhas, apareceu só na manhã de hoje, aliviada por sair da cidade: "Jacarepaguá liberta!"

Aproveitando o dia ensolarado, descemos para a piscina. Lian, que já era atração da criançada da piscina jacarepaguaia, ainda desceu vestida com a sunga alaranjada de Luís Renato e acabou descobrindo o prazer de usar roupas de menino. Depois fomos ao hortifruti comprar verduras para a saladinha e encontramos detergentes psicodélicos. Na volta, quando esperávamos o elevador, apareceu um garotinho pedindo que avisássemos quando ele chegasse ao primeiro andar. Fizemos uma contagem regressiva ao contrário (ah não, ao contrário não, pois já é regressiva) em chinês e em japonês, atendendo a pedidos. Quando o elevador finalmente chegou, avisamos ao garoto e ele simplesmente foi embora. Só percebemos horas depois.

Fomos para casa preparar o almoço e, quando chegamos na cozinha e o Luís Renato estava lavando rodelas de tomate, achamos que a comida seria um desastre. Não foi. A revelação do dia foi esta: Luís cozinha super bem! Ele fez arroz de verdade, que não estava nem um pouco pronto antes, feijão congelado delicioso, salada, hamburguer e calabresa, além de um super suco de maracujá que nos manteve calmos ao longo do dia. Quando Lian disse que estava empanturrada, Luís retrucou: "Claro, você comeu um pé de alface inteiro!"

Antes do jogo, fizemos nossa bolinha, que ninguém ganhou. Marina descobriu que Luís Fabiano é o homem da Copa e o cabelo Dorothy é o cabelo da Copa. Após o jogo, o médico da seleção, em vez de falar do joelho do jogador, ficou dando entrevista dizendo que o jogo fora legal. E ainda por cima ofegava como se tivesse jogado na Copa. Fizemos caça ao mosquito e Luís Renato não achava o spray com que já tinha matado alguém ontem.

Por fim, fomos ao rozídio de massas e vimos balão no céu ("Ê, raiva!"). Voltamos pra casa rolando, afinal, comemos um pé de alface inteiro. Pra finalizar, Luís foi o grande vencedor da caça ao mosquito.

Um comentário:

  1. E esse? Também é desses textos em que cada um escreve uma frase? Hahahaha!!

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